Para quem não sabe, a Educação Interprofissional (EIP) vem ganhando aderência no país como uma profícua estratégia para contribuir com o desenvolvimento de equipes de saúde. Trata-se de uma abordagem educacional que prepara estudantes e profissionais de saúde para o efetivo trabalho em equipe, capaz de melhorar a qualidade do cuidado em saúde; a saúde da comunidade; assim como reduzir os custos em saúde e promover melhoria no processo de trabalho dos profissionais de saúde. Como destaca Claudia Brandão, Representante da Rede Regional de Educação Interprofissional das Américas (REIP) e que assina como editora científica deste suplemento:
“O Brasil precisa investir em iniciativas sustentáveis que possibilitem, de fato, transformar a lógica da formação, que passa de uma proposta hegemônica, uniprofissional, para a que se privilegie o desenvolvimento do ‘aprender junto para trabalhar junto’. E somente assim, teremos de fato, um SUS interprofissional sustentado pelas redes de atenção”, alerta.
Os artigos desse suplemento abordam aspectos importantes que vão desde: a avaliação de uma iniciativa de EIP no âmbito universitário; a sumarização de evidências que constam na literatura sobre a temática da EIP e o seu potencial para a promoção do cuidado; o uso da EIP em uma disciplina com o suporte das ferramentas de tecnologia de informação e comunicação e, finalmente, a influência que as organizações internacionais, como a OMS, apresentam para implementar a EIP nas políticas de recursos humanos em saúde e os recentes resultados desse processo no Brasil.